domingo, 3 de abril de 2011

O Rapaz do Cachecol às Riscas - Capítulo 2

História fictícia 
Autor: Lexie Rach
Capítulo 2 - O conhecimento



Fiquei com cara de parva a olhar para a Inês. A Cátia não podia andar a comer um gajo daqueles. Não podia.
Pus na cabeça que o queria para mim, mas e se a Cátia ficasse chateada? Não interessava, tinha mais três com que se entreter. Aquele não lhe iria fazer falta de certeza.

- Está decidido Inês. Vou comer aquele gajo.
- Então e a Cátia?
- Estás preocupada com isso?
- Eu não, tenho mais com que me preocupar.


...
O jantar continuou descontraidamente e nunca consegui tirar os olhos daquele canto da mesa. A Cátia já andava completamente bêbeda ou a fingir-se de bêbeda, porque conhecendo-a como a conheço, ela faz qualquer coisa para chamar a atenção de todos. 


Saímos do restaurante e fomos curtir a noite para a Associação Académica.
Lá dentro, depois de já ter bebido uns copos, disse à Inês:


- Vou só à casa de banho.
- Ok, eu vou pôr conversa com aquele gajo.
- Boa sorte!




Fui à casa de banho e quando voltei, a Inês já estava completamente agarrada ao gajo de que ela estava a falar. Então, decidi começar a socializar com pessoal do jantar que não conhecia.
A certa altura, vi a Cátia de boca aberta e com os olhos abertos o máximo que podiam e parecia estar com ar de aterrorizada. Olhei na mesma direcção que ela estava a olhar e vi gajo do cachecol às riscas a beijar uma rapariga. Fiquei amuada, porque quem o devia estar a comer era eu, mas ao mesmo tempo achei a Cátia uma parva e uma estúpida. Ela andava a comer quatro gajos ao mesmo tempo e ficou aterrorizada quando um deles decidiu fazer o mesmo?
Ouvi a Cátia dizer:


- Vou à casa de banho


... e nunca mais a vi nessa noite. Começamos a ficar preocupados com ela, mas a Inês recebeu uma mensagem dela a dizer que tinha ido para casa.
...
A noite continuou e eu continuei a socializar com pessoal que não conhecia. Passados uns minutos, ouvi alguém dizer ao meu ouvido:


- Olá! Eu sei que és a Daniela. Eu sou o Hugo.


Quando olhei para o lado, pensei para mim "Olha, o rapaz do cachecol às riscas!". Decidi tentar descobrir que tipo de pessoa seria ele. Tinha que ser frontal e não estar com rodeios.


- Olá Hugo. Não estavas mesmo à bocado a comer uma gaja?
- Não, foi só um beijo e um amigo meu já fugiu com ela.
- Uma rapariga que está a ser rodada, portanto.
- Pois, basicamente. Ela está podre de bêbeda.
- E tens noção que a Cátia desapareceu amuada por ter-te visto a beijar a rapariga?
- Eu e a Cátia dávamos uns beijos de vez em quando, mas já não temos nada há um tempo.
- E agora decidiste vir meter conversa comigo?
- Sim, já devia tê-lo feito quando me bateste à bocado, mas agora que já bebi um bocado tornou-se mais fácil.
- Estou a ver que és um gajo sincero.
- Sempre. Queres saber mais alguma coisa sobre mim?
- Não, prefiro ir sabendo aos poucos. Importas-te?
- Não, não me importo, desde que dances comigo.


(continua)

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O Rapaz do Cachecol às Riscas

História fictícia 
Autor: Lexie Rach
Capítulo 1 - O primeiro olhar


O meu telemóvel começou a tocar. Onde raio estava o meu telemóvel? Só podia estar na minha mala. Vasculhei a mala de um lado ao outro. Era a Cátia:

- Estou?
- Dani, esta noite jantarada, ok?
- Jantarada? Onde?
- Diz só que sim, depois eu aviso-te onde é para estar.
- Está bem então, eu vou, chata.
- Linda menina. Até logo.
- Até logo chata.

Estranho! Decidiu organizar um jantar assim num instante porquê? Não interessava, ao menos dava para descontrair e para tirar o Fausto de vez da minha cabeça ou não fosse eu a Daniela. 
O telemóvel tocou outra vez, quem seria desta vez? Era a Inês:

- Diz linda.
- Vais hoje ao jantar que a Cátia está a organizar, Dani?
- Sim, ela acabou agora de me ligar.
- Fixe, vamos aos gajos?
- Óbvio, sabes bem que preciso de novas distracções.
- Pois o Fausto não te merece. Acho muito bem que sigas em frente.
- Também preciso de dar curvas, senão ainda vou contra uma árvore.
- Parva! Vá, até logo parva.
- Até logo.

Fiquei a pensar sobre o "seguir em frente". Era o melhor a fazer, mas porque é que o Fausto não saía de vez da minha cabeça? Era tão mais fácil. 
Libertei um "que se foda" e fui-me arranjar.
...
Estavam-se a aproximar as 8 horas da noite e a Cátia continuava sem me dizer nada. Decidi mandar-lhe uma mensagem para saber novidades.
"Então? Esse jantar é aonde?"
Ela respondeu:
"Daqui a meia-hora, à frente da Câmara Municipal de Coimbra."
(local habitual de encontro)

Dei os últimos retoques no cabelo e na maquilhagem, calcei-me e enfiei-me no carro. Estacionei perto da Praça da República e depois desci a avenida até à Câmara.
Quando ia a descer, lembrei-me de ver se tinha trazido o telemóvel, então pus-me a revirar a mala de alto a baixo e não tomei atenção nenhuma ao caminho. Até que bati com toda a força contra um rapaz.

- Desculpe.

Apressei-me eu a dizer e senti o meu cérebro a desligar mal o meu olhar cruzou com o dele. Apercebi-me que estava com cara de parva quando ele respondeu:

- Não há problema.

Fez um largo sorriso e continuou o seu caminho. Ainda fiquei uns largos segundos a olhar para ele a afastar-se, até que abanei a cabeça, pisquei os olhos várias vezes, respirei fundo e continuei à procura do telemóvel.
Finalmente, encontrei o telemóvel, já estava mais descansada, não me apetecia nada voltar ao carro para o ir buscar. Cheguei à Câmara e já lá estava um pessoalzito, algum conhecido, outro que nunca tinha visto na vida. Analisei todas as pessoas que ali estavam e encontrei a Inês que estava sentada a falar ao telemóvel. Dirigi-me a ela e ainda a ouvi dizer:

- Está bem, mas não demores muito.

Desligou o telemóvel e pus conversa com ela:

- Então quem era?
- A Cátia. Eu passo-me com esta gaja. Ela é que organiza, mas é sempre a última a chegar.
- Não stresses, ganhas rugas.
- Sabes quantos gajos é que ela anda a comer?
- Ãh? Ela anda a comer mais do que um gajo ao mesmo tempo?
- Sim, pelas minhas contas são quatro e estão todos aqui.
- Estás-me a dizer que ela convidou os gajos todos que anda a comer para vir ao mesmo jantar?
- Nem mais.
- Quem são eles?
- Aquele de cabelo preto aos caracóis, o gajo que está aqui atrás de mim, aquele com o casaco de cabedal e... outro que estava aqui à bocado, mas já não sei dele.
- Deve ter ganho juízo e fugiu.
- Era o que ele fazia melhor.

Ficámos em silêncio durante algum tempo, a olhar para o pessoal que ali estava. Eu não conhecia maior parte e havia gente que só conhecia de vista. Entretanto, lembrei-me do rapaz que tinha levado um valente encontrão meu e decidi contar à Inês. Ela sorriu e perguntou:

- Mas como é que ele era?
- Só me lembro de desligar quando fixei os olhos dele. De resto só sei que tinha um cachecol às riscas.
- Sim, o cachecol caracteriza muito bem o rapaz.
- Não tenho culpa de ter desligado naquele momento.

Entretanto, chegou o resto do pessoal e a Cátia. Fomos então para o restaurante e eu fiquei ao lado da Inês, porque era a única pessoa que tinha mais confiança no meio daquela gente toda. Perguntei à Inês num tom de brincadeira:

- Então? Quem é que vais comer?
- Sei lá eu?
- Vamos analisar a mesa. Feio, feio, feio, mais ou menos, feio, feio, feio...

Voltei a sentir o meu cérebro a desligar.

- Inês, está ali o gajo.
- Qual gajo?
- O rapaz do cachecol às riscas.
- Aquele ali ao fundo da mesa de cachecol?
- Sim, esse mesmo.
- Oh Dani, aquele é o outro gajo que a Cátia anda a comer.


(continua)

sábado, 22 de janeiro de 2011

E então?

Gosto de sexo e então? Tenho que esconder isso?
Não sou nenhuma puta que passeia na esquina à espera de se deitar com todos os que ali passam.
Mas o assunto "sexo" interessa-me bastante e não tenho medo nenhum de explorar e de experimentar coisas novas. Mas é claro que não o vou fazer com qualquer um.
O meu namorado é muito bom no que faz, não tenho necessidade nenhuma de procurar sexo fora da minha relação.
A sério, há gente que pensa que por uma pessoa gostar de sexo e de não sentir atrapalhação nenhuma a falar sobre o assunto, é logo uma vadia sem escrúpulos nenhuns.
Tanta paciência que eu tenho para aturar gente assim.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Desaparecida, eu sei!

Isto no meio de tantos exames, trabalho e entre outras coisas, não há tempo nenhum para vir aqui.
Mas ultimamente tenho andado com uma vontade enorme de escrever, não sobre o meu dia-a-dia, mas uma história fictícia inventada por mim.
Não sei porquê, mas dou por mim a fazer filmes na minha cabeça. Para cada coisa que olhe serve de inspiração. Sinto mesmo uma vontade enorme de pôr tudo em palavras. E acho que vou começar a usar aqui o meu espaço para fazer isso mesmo.
Eu não sou nenhuma escritora, mas ao menos divirto-me e liberto todo o filme que me vai na cabeça. Sou capaz de dar uns valentes pontapés na gramática da Língua Portuguesa, mas que se lixe.
Vocês o que dizem?

domingo, 12 de dezembro de 2010

Estou feliz com o que não devia?

Estarei a ser egoísta demais? Estou feliz com uma coisa, mas mesmo feliz ao ponto de chorar mesmo por nem acreditar no que está a acontecer.
Acontece que para eu estar feliz, há uma pessoa que me é muito querida que não está lá muito bem. Estou preocupada com ele. Estou muito, mas não consigo esconder que estou muito bem.
Que raio de pessoa serei eu? Estou bem com o mal dos outros?
Dizem que temos de pensar em nós primeiro, não é? É o que estou a fazer, mas estou-me a sentir egoísta.
Estou feliz. Que posso eu fazer? Nem sei o que pensar. Só penso no quanto estou contente neste momento. Admito que agora só estou a pensar em mim. Também preciso. O que vier depois, logo se vê.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Fico pior que estragada

Não gosto nada quando os professores já chegam tarde e a más horas para dar uma aula. E depois, quando é suposto acabar a aula, temos de ficar mais um bom bocado de tempo na aula, porque o professor ainda tem umas coisas para explicar e que não teve tempo de dizer.
Sinceramente, se um aluno chega 10 minutos atrasados, devido ao trânsito ou à perda do transporte ou o que for, parece que cometeu um pecado mortal. "A aula começou há não sei quanto tempo atrás, e se quiser assistir às minhas aulas tem que ser pontual, não posso admitir alunos que venham atrasados às minhas aulas, e blá blá blá."
Quando um professor chega exactamente meia-hora atrasado para dar a aula, diz: "Peço desculpa pelo atraso. Acontece a todos." Ah pois acontece, mas parece que para certo tipo de pessoas não pode acontecer, porque não se admite e mais não sei o quê.
Há com cada um.